O poeta e artista uruguaio Andrés Rivero lança neste domingo (26) o livro Mormasiento (Independente, 2025, 92 págs., R$ 40) em Porto Alegre. O evento ocorre às 16h, na Livraria Macun (Rua Octávio Corrêa, 67 – Cidade Baixa), com sessão de autógrafos, roda de conversa e leitura de poesias.
Escrito em portuñol, o livro apresenta a linguagem viva da fronteira entre Brasil e Uruguai, onde Rivero nasceu e atua como poeta, educador e artista. Natural de Minas de Corrales, no departamento de Rivera, o autor é afro-indígena e utiliza sua poesia para resgatar memórias, afetos e identidades da região fronteiriça.
Mormasiento reúne 70 poemas escritos ao longo de vários anos. A obra reflete o cotidiano das periferias da fronteira e a mistura de idiomas e culturas, com palavras de origem africana, guarani e charrua. Para Rivero, o livro é “um gesto de resistência, um modo de afirmar que a poesia também mora nos cantos esquecidos, nas línguas cruzadas, nas histórias que o vento conta”.
O autor explica que o termo mormasiento combina as ideias de mormaço, cansaço e sentimento, e define o tom afetivo e resistente da obra. Ele destaca que sua escrita nasce da oralidade e das vivências nas comunidades onde trabalhou como educador.
Publicada de forma independente, a obra tem apoio da Incubadora Fronteira Criativa e está à venda na Livraria Macun e pelo Instagram do autor (@rivero.arte).
Sobre o autor
Andrés Rivero (1980) é poeta, compositor e artista de Minas de Corrales (Rivera – Uruguai). Sua produção é marcada pela oralidade e pelas raízes afro-indígenas. Autodidata, atua desde 2003 em projetos comunitários que valorizam o portuñol e a cultura da fronteira, como o Coletivo Língua Mae. Também é cantautor e realiza performances que exploram o universo sonoro e poético do território binacional.
